A história mostra-nos o mais largo horizonte da humanidade, oferece-nos os conteúdos tradicionais que fundamentam a nossa vida, indica-nos os critérios para avaliação do presente, liberta-nos da inconsciente ligação à nossa época e ensina-nos a ver o homem nas suas mais elevadas possibilidades e nas suas realizações imperceptíveis.(...)A experiência do presente compreende-se melhor reflectida no espelho da história. Karl Jaspers

domingo, 30 de março de 2008

AFINAL O QUE FAZ O HISTORIADOR?


Afinal o que faz o historiador? Responder esta aparentemente simples pergunta, exige uma análise bastante profunda da situação que a envolve, não podendo ser respondida de uma forma limitada aos bancos acadêmicos, há de se lançar um olhar abrangente em todos os aspectos que envolvem a vida deste profissional, sua realidade, seus conceitos e suas ideologias.
Atualmente, os historiadores produzem modos de trabalhar para reduzir a influência dos historiadores interpretativos, criando métodos rigorosos de pesquisa que tentam transformar em universais. Debate-se de que forma o historiador adquire seu conhecimento, se as técnicas utilizadas são adequadas na busca da comprovação da verdade, para reescrever o passado, nem sempre digno, correto, justo mais que ainda assim, deve ser contado.
Será que o historiador escreve uma história imparcial? Não é difícil concluir, que não, pois a análise do passado e sua reescrita são feitas por um profissional impregnado de influências externas em seu trabalho de pesquisa, muitas das quais, negativas, e por isso mesmo, posicionando-o a favor de alguém ou simplesmente a favor de suas próprias convicções. Torna-se então, necessário refletir, para quem se escreve a história! Ainda existem muitas perguntas sem respostas; seria a história escrita somente para os ricos, ou brancos, pobres, ou negros, homens ou mulheres? A história é escrita para todos nós, e sua escrita deve ser pautada em pesquisas cada vez mais profundas, que permitam comprovar a verdade dos fatos.
Quanto a análise pura e simples do papel do historiador; JENKINS diz o seguinte: “Debatem se o historiador pode adquirir conhecimento de maneira objetiva e por meio de “práticas apropriadas” ou se esse conhecimento é intersubjetivo ou interpretativo; se a história está livre de juízos de valorou se é sempre posicionada “para alguém”, se a história é inocente/pura ou ideológica, se é imparcial ou parcial, se é fato ou fantasia. Ou debatem se a empatia pode nos proporcionar um entendimento real das pessoas que viveram no passado; se, indo às fontes originais (vestígios do passado), podemos alcançar um conhecimento verdadeiro e profundo,se aqueles parâmetros conceituais de que falamos representam a essência da história; e, por fim, se os reais segredos do passado serão revelados mediante o rigor do cientista ou o instinto do artista”.
Diante destes fatos, deve-se refletir, que apesar das muitas influências que sofre, o historiador deve estar sempre a busca da verdade dos fatos e acontecimentos da história, utilizando-se de todas as técnicas possíveis, dendo buscar sempre a imparcialidade mesmo quando isto não seja tão possível, deve saber que não escreve sobre o passado, mais sim, sobre “os passados”, de todos sem distinção, de cor, sexo, posição social, etnias. Passado de todos os povos, não do homem, mais da humanidade.

Celso de Almeida - História.
*Foto: Heródoto

4 comentários:

Anônimo disse...

mto boa a postagen!!!!!!!

Anônimo disse...

mto boa a postagen!!!!!!!!!

Anônimo disse...

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André Feital disse...

Caro Professor Celso: Me chamo André, sou estudante de história e já me aventuro a ministrar aulas em um programa de estágio do município, aqui do Rio de Janeiro. Recentemente passei a utilizar meu blog para expor conceitos básicos de história, a pedido dos meus alunos mais interessados. Ao pesquisar, encontrei este seu magnífico conceito sobre o historiador, e me atrevi a colocá-lo em meu blog. Respeitei os devidos créditos, citando-o como autor e coloquei seu blog como fonte. Teria problema? Meu blog é www.blogggdoandre.blogspot.com
Um grande abraço mestre! Espero que um dia meu blog fique tão bacana quanto o seu!

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